Poesia: No balanço da rede - Dalinha Catunda
Nordeste

Poesia: No balanço da rede - Dalinha Catunda



No balanço da rede
(Dalinha Catunda)


Você esqueceu minha rede
Veio outro e se deitou.
Deixou de me chamegar,
Veio outro e chamegou.

A rede estava armada,
Mas você se desarmou.
Agora está lamentando
Pois outro me embalou.

No vai e vem da rede
Faz zuada o armador.
Embalando a magia,
Nos acordes do amor.

Deixei de ninar saudades
Voltei a embalar paixão.
Na rede da felicidade.
Balança meu coração.

Conheça o blog da poetisa Dalinha



loading...

- O Sumiço Do Vaqueiro
O SUMIÇO DO VAQUEIRO * Quando o vaqueiro partiu Minha dor doeu no peito Com saudades do sujeito Que minha vida floriu Minha alegria sumiu, E nesta situação Olhando pro seu gibão Eu renego meu destino Pois meu maior desatino Foi perder minha paixão....

- A Lapinha
A Lapinha ( Dalinha Catunda) No canto da matriz, De minha terra tinha, Um singelo cenário, Era a famosa lapinha. Entre José e Maria Nos antigos rituais O menino Jesus eu vi Cercado por animais Ali os três reis magos Em pose de adoração Prestigiavam...

- Mandacaru, Sim Senhor!
Mandacaru, sim senhor! (Dalinha Catunda) Não dou sombra nem encosto, Mas não vejo defeito em mim. Tenho um verde exuberante. Meu fruto é da cor de carmim. Minha flor esbranquiçada Dignifica qualquer jardim. Dono de uma beleza agreste. No sertão...

- Ser/tão Mulher
Ser/tão Mulher (Dalinha Catunda) Tempo de fauna no cio, De flora e em floração. Menina flor do agreste Em tempos de reinação. Rolando no solo sagrado, A luz de um sol encarnado, Lasciva demarca seu chão. Era tempo de floradas, Sol a pino, céu azul,...

- Migrante
(Autoria de Dalinha Catunda) Migrante Sou das águas retiradas. Sou do sertão nordestino. Das caatingas desertei, Lamentando meu destino. Pois deixar o meu torrão, Machucava-me o coração Causando-me desatino. Meu dialeto sagrado, Era motivo de riso....



Nordeste








.