Desafios e Violas
Nordeste

Desafios e Violas




Vou riscar da minha agenda
(Louro Branco e Miro Pereira)

Vou riscar da minha agenda
Gente que perde os sentidos
Rico que não da esmola
Gente que acoita bandidos
Cabra que compra e não paga
E mulher que tem seis maridos
(Louro Branco)

Politicos que são bandidos
Que erram de encomenda
Que não olham para o pobre
Não faz o que se entenda
ACM da Bahia
Vou riscar da minha agenda
(Miro Pereira)

Um marido dominado
(Sebastião da Silva e Severino Feitosa)

Se ela gosta de ciranda
Ele prepara os sapatos
Nem recorda que ela traz
Pra ele tempos ingratos
Quando ela segue pra o shopping
Ele vai lavar os pratos
(Severino Feitosa)

Fica olhando os retratos
De algum amor granfino
Ela vai de festa em festa
E ele trata do menino
Na casa de um macho desse
Até galo canta fino
(Sebastião da Silva)

Desperta o vaqueiro ouvindo o canto da passarada
(Zé Viola e Enevaldo Hipólito)

Acorda de manhã cedo
Arruma peia e cachilhos
Ordenando os seus filhos
Revelando algum segredo
Pisa salsa e pé de bredo
Da passeio na aguada
E a mãe pra filharada
Vai um cuscuz repartindo
Desperta o vaqueiro ouvindo
O canto da passarada
(Zé Viola)

Encontrei a paisagem verdejante
E o sertão revestido de alegria
(Moacir Laurentino e Fenelon Dantas)

Eu deixei o sertão tão ressentido
Porém fui lá pra o sul do país
Trabalhei, batalhei, voltei feliz
Que o sertão antes tava oprimido
Mas agora o sertão está chovido
Não pensei esse ano que chovia
Tem batata, melão, tem melancia
E jerimum com dez quilos na vazante
Encontrei a paisagem verdejante
E o sertão revestido de alegria
(Fenelon Dantas)

Nada mais deixa um homem revoltado
Do que ver a família sem comer
(Edvaldo Zuzu e Severino Dionízio)

Vai morar no sopé duma montanha
Vai pedir, mas pra dar não há empenho
"Me perdoe", "dou depois" e "nada tenho"
As três frases melhores que ele ganha
Quando é no período de campanha
Só se vê candidato aparecer
Prometendo querendo se eleger
E quando ganha se esquece do coitado
Nada mais deixa um homem revoltado
Do que ver a família sem comer
(Edvaldo Zuzu)

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