Minha vida era um porre quando eu era cachaceiro
Nordeste

Minha vida era um porre quando eu era cachaceiro



Minha vida era um porre
Quando eu era cachaceiro
(Allan Sales)


Agradeço ao Dedé
Pela sua interferência
Demonstrando competência
No poema sua fé
O seu verso que dá pé
Meu poeta verdadeiro
Seu poema mensageiro
Nesta hora me socorre
Minha vida era um porre
Quando eu era cachaceiro

Com conhaque de alcatrão
Serra Grande e pitulina
Tomar rum foi minha sina
E purinha com limão
Era chope de montão
Meu ofício de caneiro
Bagunçando num puteiro
Muita gente assim que morre
Minha vida era um porre
Quando eu era cachaceiro

Era mesmo uma desgraça
Meu viver sem ter limites
Aceitando tais convites
Pra beber muita cachaça
Era um craque na manguaça
Nisso fui bom tarefeiro
Me lasquei ó companheiro
Meu viver sem isso corre
Minha vida era um porre
Quando eu era cachaceiro

Vi amigo se lascar
Enterrei assim uns seis
Mas saí foi duma vez
E não quis mais me matar
Desisti de biritar
E mudei foi por inteiro
Saravá Dedé Monteiro
Cuja verve aqui escorre
Minha vida era um porre
Quando eu era cachaceiro.


Glosas e mote agradecendo ao poema do Poeta Dedé Monteiro.
Jornal da Besta Fubana



loading...

- O Sumiço Do Vaqueiro
O SUMIÇO DO VAQUEIRO * Quando o vaqueiro partiu Minha dor doeu no peito Com saudades do sujeito Que minha vida floriu Minha alegria sumiu, E nesta situação Olhando pro seu gibão Eu renego meu destino Pois meu maior desatino Foi perder minha paixão....

- Mote E Glosas De Allan Sales
Nem escravo nem senhor Muito menos capataz (Allan Sales) Eu sou livre cidadão Casa grande nem senzala Minha voz nunca se cala O destino em minha mão Um poema e um violão Nisso eu me fiz capaz Sou da luta e sou da paz Não sou cria do opressor Nem...

- Saudade é Tudo Que Fica Daquilo Que Não Ficou
Saudade é tudo que fica daquilo que não ficou (Júnior Vieira) Viver é o simples almejo, Que nossa matéria sente, Pois não existe um vivente Que não sinta esse desejo; É no abraço, é no beijo, No amor que se acabou, Na paixão que não durou,...

- Poeta João Paraibano Faz Verso Na Prisão
O poeta João Paraibano estava numa festa e devido a uma confusão com a sua mulher, por motivo de ciúmes desta, foi preso. Conta-se que assim que se viu dentro do cárcere, o poeta (que é analfabeto) aos prantos e em estado de embriaguês, proferiu...

- Sem Rima
Sem dúvida essa poesia deveria ser lida ao som de um violino. Ela já traz por si só um ritmo, uma sonoridade agradável que transcende o nosso versar! Sem Rima Tem rima errada na minha poesia Que me desafina não deixa eu cantar Que cala meu canto,...



Nordeste








.