Conheça o balé popular do Papangú
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Conheça o balé popular do Papangú



Em Papangu, O Balé Popular toma como ponto de partida a riqueza histórico-cultural incorporada ao personagem, convidando o público a uma viagem a controversa, e possivelmente sagrada, origem dessa figura mascarada.

Ingressos: R$5,00 + 1 quilo de alimento
Dias: 03 e 04 de julho (sex/sáb)
Contato: [email protected]

No Dicionário do Folclore Brasileiro o termo papangu, assim apelidado, tomava parte nas extintas Procissões de Cinzas, durante a Semana Santa. Acompanhavam as procissões religiosas, tocando trombeta e dando chicotadas em quem atrapalhasse o cortejo.

Existem relatos que algumas das procissões de cinzas mais divertidas e burlescas, realizadas até meados do séc.XIX, traziam a popular figura do papangu representando a morte.

Figura temida, sobretudo pelas crianças, o papangu começou a ser questionado, até que em 1831 teria sido proibido. Depois dessa proibição, o termo papangu denominava uma estética grotesca, assustadora e hostilizada, atraía e ao mesmo tempo perturbava. Expressando sentimento de pavor, medo e dor, transforma-se num ser alegre, sorridente e irreverente, retornando tempos depois, como brincante no carnaval.

É nesse contexto que o grupo paraibano sobe ao palco do Teatro Santa Rosa apresentando todo o universo dos alegres foliões mascarados que circulam pelas ruas das cidades nordestinas durante o carnaval.

O Balé Popular e comandado por um ícone da dança contemporânea paraibana, o coreógrafo Maurício Germano. Ele toma como ponto de partida para esse trabalho a diversidade do personagem ‘papangu’, que está incluído em vários outros folguedos.

Germano comenta sobre o trabalho proposto: "Esses tipos carnavalescos impulsionam a nossa coreografia, dançarinos invadem a cena, com movimentos desconstruídos, soltos, conduzidos por uma trilha sonora original, releituras com arranjos entre tambores e alfaias, criando sons, posturas e caretas que mesmo quando codificados não perdem a originalidade", garante o coreógrafo.

Criado em 1995, o grupo tem em sua trajetória renomados espetáculos, como o Auto de Nossa Senhora da Luz, Varal, A Cura, Jatobá, Caiçara, Pau de Arara e Festejos, tendo como objetivo, pesquisar e desenvolver a dança popular como forma de divulgar a cultura nordestina através de espetáculos, sempre buscando uma forma original de manter vivas as tradições populares dentro e fora dos palcos.

Em seus quase 15 anos de existência, o Balé Popular da UFPB, integrado ao Núcleo de Pesquisa e Documentação da Cultura Popular, NUPPO, vinculado à Coordenação de Extensão Cultural da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UFPB (COEX/PRAC) através do projeto de Extensão Comunitária, tem em seu currículo oito montagens e participações em Projetos de Circulação pelo FMC, Fundo Municipal de Cultura , FIC Lei Augusto dos Anjos, Projeto Balaio Brasil, SESC São Paulo, Mostra de Teatro e Dança da FUNESC, III ENEART- Salvador/BA, I Festival de Artes de Areia/PB, XVIII FESTIVALE – Itinga/MG , FENART/PB, entre outros.

O belo e centenário Theatro Santa Roza receberá durante os dias 3 e 4 de Julho (sex/sáb), às 20h, a estréia da nova coreografia do Grupo Balé Popular da UFPB, Papangu. Com os pés na contemporaneidade e os olhos voltados para a cultura popular, o espetáculo convida todos a se aventurarem em uma viagem a cultura popular nordestina.

O elenco do espetáculo conta com nove dançarinos: Juliana Abath, Ing Nunes, Fabíola Magalhães, Edinaldo Barros, Amanda Lira, Márcio Feitosa, Dulian Carvalho, Sterphany Oliveira e Emanuelle Amaral. Na trilha sonora músicas de Siba, Cordel do Fogo Encantado e Casa de Farinha. Ingressos a preço popular (R$ 5,00 + 1 quilo de alimento).



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