Nordeste - Cultura e Festividades
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Nordeste - Cultura e Festividades


Cultura
Tendo sido a primeira região efetivamente colonizada por portugueses, ainda no século XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, a cultura nordestina é bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas, em especial na costa de Pernambuco à Bahia e no Maranhão, e ameríndias, em especial no sertão semi-árido.

A riqueza cultural dessa região se manifesta para além de suas manifestações folclórias e populares. A literatura nordestina tem dado enormes contribuições para o cenário literário brasileiro, destacando-se nomes como Jorge Amado, José de Alencar, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Clarice Lispector, Graciliano Ramos e Manuel Bandeira, dentre muitos outros. No Ceará, o movimento da Padaria Espiritual, no fim do século XIX, antecipou algumas das renovações trazidas com o modernismo, no anos 20 do século seguinte.

Na música erudita, destacaram-se como compositores Alberto Nepomuceno e Paurillo Barroso, assim como o cearense Liduíno Pitombeira na atualidade, e Eleazar de Carvalho como maestro. Ritmos e melodias nordestinas também inspiraram compositores como Heitor Villa-Lobos (cuja famosa Bachiana Brasileia Nº 5, por exemplo, em sua segunda parte - Dança do Martelo - alude ao sertão do Cariri).

Na música popular, destacam-se ritmos tais como coco, xaxado, martelo agalopado, samba de roda, baião, xote, forró, Axé e frevo, dentre outros ritmos. O movimento armorial do Recife, inspirado por Ariano Suassuna, fez um trabalho erudito de valorização desta riquíssima herança rítmica popular nordestina (um de seus expoentes mais conhecidos é o cantor Antônio Nóbrega).

Na dança, destacam-se o maracatu, praticado em diversas partes do Nordeste, o frevoPernambuco) o bumba-meu-boi, o xaxado, diversas variantes do forró, o tambor-de-crioula (característico do Maranhão), etc. As músicas folclóricas quase sempre são acompanhadas de danças.

O artesanato é também uma parte relevante da produção cultural do Nordeste, sendo inclusive o ganha-pão de milhares de pessoas por toda a região. Devido à enorme variedade regional de tradições de artesanato, é difícil caracterizá-los todos, mas destacam-se as redes tecidas e, às vezes, bordadas com muitos detalhes - e que, além de artesanato, são um artigo útil e comum na vida da maior parte dos nordestinos -; os produtos feitos em argila, madeira (por exemplo, da carnaúba, árvore típica do sertão) e couro, com traços bastante particulares; além das rendas, que ganharam grande destaque no artesanato cearense. Outro destaque são as garrafas com imagens feitas manualmente em areia colorida, um artigo produzido largamente para venda para turistas.

A culinária nordestina é muito variada, refletindo, quase sempre, as condições econômicas e produtivas das diversas paisagens geoeconômicas dessa área. Frutos do mar e peixes são utilizados bastante na culinária do litoral, enquanto, no sertão, predominam receitas que utilizam a carne e derivados do gado bovino, caprino e ovino. Ainda assim, há várias diferenças regionais, tanto na variedade de pratos quanto em sua forma de preparo (por exemplo, é sabido que, no Ceará, predomina o mugunzá - também chamado macunzá ou mucunzá - salgado, enquanto, em Pernambuco, predomina o doce). Assim, algumas comidas típicas da região são: o baião-de-dois, a carne-de-sol, o queijo de coalho, o vatapá, o acarajé, a panelada e a buchada, a canjica, o feijão e arroz de coco, o feijão verde, cozido e o sururu, assim como vários doces feitos de mamão, abóbara, laranja, etc. Algumas frutas regionais - não necessariamente nativas da região - são o a ciriguela, o cajá, o buriti, a cajarana, o embu, a macaúba e a pitomba, além de outras também comuns em outras regiões.

Festividades
E nas festividades, há destaques para as festas de carnaval de Salvador e Recife-Olinda, além de outras no interior dos estados. As micaretas, que são os carnavais fora de época, destacam-se o "Carnatal" em Natal, o "Fortal" em Fortaleza, o "Piauí Pop" em Teresina, e o "Micarande" em Campina Grande. Há também o "bumba-meu-boi" do Maranhão. Quando vai se aproximando o São João a "disputa" é para saber qual é a "Capital do Forró", as cidades de Caruaru, em Pernambuco, e a de Campina Grande na Paraíba disputam pelo título. Destacam-se também pelo seu São João as cidades de Juazeiro do Norte no Ceará e Mossoró no Rio Grande do Norte.

Há uma vasta e arraigada literatura popular de cordel que remonta ao período colonial (a literatura de cordel veio com os portugueses e tem origem na Idade média européia) e numerosas manifestações artísticas de cunho popular que se manifestam oralmente, tais como os cantadores de repentes e de embolada.

Fonte: Wikipédia




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