Coco doce e de roda
Nordeste

Coco doce e de roda



Coco, doce e cocada
(Guibson Medeiros)

Entre coqueiros armei a rede
Numa tarde ensolarada
Com o seu fruto mato a sede
Com a carne adocicada
Bebo a água se tá verde
Se tá seco tem cocada

Tem também pé de moleque
Se faz o óleo e o azeite
Se o coco tá ralado
O bolo ganha o enfeite
E o arroz é mais gostoso
Se é preparado no leite

Com coco se faz moqueca
Susuru, marisco e cação
Polvo, siri, caranguejo
Do caldo surgi o pirão
E ainda fez do artesanato
Produto de exportação

Gelado ou natural
É a fruta preferida
No calor não tem igual
É sempre a melhor pedida
O coco oferece água
E água é a fonte da vida




O coco e a Fazenda Viana
(Guibson Medeiros)

O coco de roda é uma dança
De origem pernambucana
Indígena e africana
Que formou essa aliança
De um povo que não descansa
Na hora do sapatear
E o pandeiro pra aquecer
Quem dança coco de zambê
Quem dança o coco ganzá

Bate na palma da mão
Ao som do sapateado
O coco de roda é dançado
Do litoral ao sertão
Atraindo a multidão
Na batida do ganzá
Surdo, triângulo e pandeiro
Do nordeste brasileiro
Pro mundo se admirar

A felicidade plena
Na rima da embolada
Ouvindo a sapateada
Nos tamancos da morena
No gracejo da pequena
Nos comandos do seu par
Dançando coco de praia
Nas ondas de sua saia
Com a bênção de iemanjá

Do coco fiz minha dança
Da dança fiz minha vida
A arte quando é sentida
Desabrocha a esperança
O sorriso da criança
Que vem pro coco brincar
E o coco quando é de roda
No batuque a gente acorda
Com a cultura popular

O suor pinga no rosto
Na dança, na rima e na moda
Eu danço o meu coco de roda
Com prazer e muito gosto
Quem dança não perde o posto
Quem aprende não quer deixar
Tem a influência africana
E hoje a fazenda viana
Vem te homenagear

Aquela saia rodada
Aquela roupa florida
Faz parte da nossa vida
O toque da zabumbada
E a parceira bronzeada
Traz o perfume do mar
Um sorriso tão faceiro
Dança ao toque do pandeiro
Da cuíca e do ganzá


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